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NÓS novel Chapter 55

1 mês depois..

O grande dia havia chego, eu estava muito feliz e ansiosa, eu finalmente iria descobrir o sexo do bebê. Alex, Victor e Lya iriam comigo na clínica fazer a ultrassom, Alex estava super animado assim como o restante e eu não tinha mais unhas de tanto roer por conta do nervosismo.

- Só nome feio, se for menino vai se chamar Guto - parou no sinal e nós olhamos para Alex com cara de nojo - o que foi?

- Que Deus te abençoe não sendo pai nem tão cedo - Victor colocou as mãos para cima agradecendo a Deus e nós rimos.

Depois do ocorrido eu e Caio não nos falamos mais, corri atrás dele durante um tempo tentando me explicar e ele não quis que eu me explicasse de jeito algum, então acabei deixando de lado, não iria forçar a barra. Eu e Diego voltamos a estaca zero, nos falamos pouco, confesso que ele não saiu da minha cabeça nenhum dia, eu não entendia, mas eu pensava nele todos os dias, toda hora.

Esse nosso silêncio me matava, eu estava aqui mas meu pensamento estava lá nele.

Infelizmente.

Ele não iria poder ir na consulta, fiquei chateada, era um momento importante e queria que ele estivesse mas compreendia que era por causa do trabalho. Nós chegamos na clínica, eu desci primeiro para fazer a ficha, Victor e Lya ficaram esperando Alex estacionar o carro.

- Se for menina vai ser Mariana e se for menino, vai ser Fernando - ouvi eles discutiram o nome do bebê da porta de entrada.

- Cala a boca, vocês tem um péssimo gosto para nomes - bufei e eles me deram língua.

Fomos para a salinha de espera, hoje a clínica estava cheia, eu iria mofar aqui até ser chamada para a consulta, me levantei e fui tomar uma água. Só achei um filtro dois corredores depois, puxei um copo e o enchi. Dei uma olhada no celular e nada, não havia nenhuma ligação, nem nada.

Eu estava entediada e não havia nada para passar o tempo.

Senti uma mão em minhas costas, olhei pra trás e era Alex, sorri e guardei o telefone no bolso de trás da calça.

- Esperando a mensagem dele? - me olhou a pós retirar um copo e colocar para encher. Sorri sem graça e desviei o olhar.

Alex estava sendo meu mais novo melhor amigo, eu contava tudo pra ele e obviamente tinha contado o que tinha acontecido, de como eu estava e da sensação estranha que eu estava sentindo esses últimos meses.

- Não - balancei a cabeça negativamente - já te disse, não estou ligando pra Diego.

Ele me olhou com os olhos cerrados e a mão na cintura, talvez eu estivesse mentindo, mas o que isso iria importar agora? E por que dessa sensação?

- Você quer ser mais pilantra que eu, sai fora né, mona - afinou a voz e fingiu colocar uma mecha do cabelo pra trás e eu ri - você tem que parar de negar o que você sente por ele.

- Eu não sinto nada por ele - ri fraco e beberiquei minha água.

- Já foi tempo que você podia dizer isso, agora aceita que caiu nos encantos do Diego Guerra - puxou minhas bochechas e eu lhe dei o dedo médio.

- Nunca - mandei um beijo no ar e joguei o copo fora.

Alex estava viajando, eu não sentia nada por ele, tudo isso seria os hormônios da gravidez e nada mais. Voltamos para a salinha, minutos depois eu fui chamada pela enfermeira e eu e Lya a seguimos até a sala. Eu estava cada vez mais nervosa, tentando controlar minhas emoções mas era difícil, saber que eu estava minutos de saber se eu carregava um menininho ou uma menininha na barriga me deixa eufórica.

- Finalmente o grande dia, o dia esperado por todas as mamães - a doutora riu e nós também - como você está de sentindo, Manuela?

- Bem nervosa, parece que meu coração vai soltar pela boca - sorri.

Fiz minha consulta normal, ela me fez as mesmas séries de perguntas de sempre e tirou a medida da minha barriga que por sinal, já estava começando a ficar visível. Meu umbigo estava começando a ficar pra fora, minha barriga já estava num ponto de eu ficar babando na mesma.

Depois de ela me examinar e ver que estava tudo bem, chegou a hora de fazer ultra, de descobrir o sexo do meu bebê. Abri a calça, abaixei ela um pouco e tirei a blusa ficando apenas com o sutiã. Ela passou o gel em minha barriga, ligou o aparelho e antes de começar a passar o mesmo em mim digitou algumas coisas que eu não sabia bem o que era.

- Ai meu caralho - Lya sussurrou e colocou uma mecha do cabelo pra trás, olhei pra mesma e sorri.

Não tinha dúvidas de que hoje era o dia mais feliz da minha vida.

A doutora começou a passar o aparelho em mim, pela telinha dava pra ver o bebê em posição fetal, meus olhos de encheram de lágrimas e a cada segundo meu coração ficava mais acelerado. Lya olhava atentamente a telinha esperando a resposta, estávamos todas tensas, aflitas e ansiosas.

Ela passou o aparelho em minha barriga mais algumas vezes, digitou algo e sorriu ao olhar pra tela, eu soube que aquela era hora, a hora que ela revelaria o sexo do meu bebê. Meu coração estava disparado aguardando a resposta, eu estava trêmula da cabeça aos pés e Lya também estava, dava para perceber seu nervosismo de longe.

- Parabéns, mamãe - sorriu e me olhou.

Quando ela falou eu quase pulei de alegria, me levantei na mesma hora e abracei Lya que estava com um sorriso de ponta a ponta. A doutora me limpou, eu me vesti e antes de deixar a sala, ela me deu algumas orientações para ele mês da gestação e para os próximos que iriam vir.

Eu estava feliz, transbordava felicidade, fazia um tempo que eu não me sentia assim, parecia que eu estava sonhando e a qualquer momento alguém iria me acordar fazendo voltar para a realidade. Lya teve a ideia de fazer um chá de revelação, como apenas nós duas sabíamos iria ser legal e também era uma chance de eu contar para o pessoal que eu estava grávida.

Abrir o jogo de um vez por todas.

Quando saímos no corredor Alex e Victor vieram na nossa direção correndo e meu partiu o coração não pode contar para eles agora.

- Eu poderia está matando, roubando, mas eu só quero saber o sexo do meu afilhado - Alex fez voz de choro e nós rimos.

- Suas cretinas - Victor exclamou - eu sou uma pessoa ansiosa, caso eu morra a culpa é toda de vocês.

Eles foram perturbando o caminho inteiro, não conseguiram nada e ainda ficaram putos com a gente. Alex deixou Victor e Lya em casa, eu fui a última e até na hora de embora ele tentou me subornar.

- Desiste, gato - pisquei para ele e me despedi com um beijo no rosto.

- Manuela, eu te odeio - mandei um beijo no ar e ele deu partida.

Eu ainda estava em êxtase, cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho e colocar uma roupa confortável. Passei a tarde vendo televisão e babando a ultrassom, eu ainda não acreditava, na minha cabeça passava várias ideias de nomes e não via a hora de comprar as coisinhas.

Que felicidade!

Peguei no sono com a ultrassom na mão, era sábado, meu dia de folga e eu estava cansada pela semana, foi puxada demais a rotina de trabalho e colégio. Eu estava destruída.

..

Acordei com meu telefone tocando, fui tateando o sofá até achar e quando vi quem era quase dei um pulo. Era Diego, me ligando as nove da noite, o que ele queria?

Ligação on.

- Vem aqui fora - o som da chuva caindo lá fora.

- Diego? - perguntei sonolenta - mas está chovendo - sentei no sofá.

Off.

Ele desligou na minha cara, não tive escolhas a não ser ir lá fora nessa chuva, estava caindo um dilúvio e estava convencida de que ele queria que eu pegasse um resfriado. Procurei meu guarda chuva em todo lugar e não achei, tomei coragem e sai na chuva, na rua eu vi Diego todo molhado, com o cabelo caindo na testa e o farol do seu carro aceso.

- O que você está fazendo? - perguntei um pouco alto e me aproximei.

Nós ficamos cara a cara, as gotas iam escorrendo pelo rosto de Diego, eu o olhava e olhava para seus lábios ao mesmo tempo e ainda sem entender nada o porque de estarmos ali na chuva, ele pôs as duas mãos em meu rosto e o segurou firme. Diego colou nossas testas, nós nos olhavamos sem dizer nada, meu coração estava acelerado e depois de anos, as borboletas tomaram conta do meu estômago.

Que porra estava acontecendo?

- Não da..- balançou a cabeça negativamente - não dá pra fingir que não estamos envolvidos sentimentalmente.

Foi nesse momento em que eu percebi que eu não odiava o Diego, todos esses meses eu menti para mim mesma, falar que eu o odiava era mais fácil do que assumir, pra mim, que eu sim tinha sentimentos por ele. Eu estava decidida em abrir o jogo de tudo, da gravidez, da minha vida, e com ele não iria ser diferente.

Eu não odiava o Diego Guerra, eu estava apaixonada por ele.

- É - sorri - não tem como fingir mais - o beijei.

Foi clichê mesmo, assumir para o garoto que eu passei a vida odiando que eu estava apaixonada e dar um beijo de baixo de um dilúvio. Nós nos beijamos com vontade, sua mão percorria por todo meu corpo e minha unhas escorregam na sua nuca. Entramos em casa, tiramos a roupa e deitamos na cama. Fiquei por cima dele, o beijei e devagarinho ele encaixou seu pau em mim e eu gemi baixinho. Rebolei gostoso até mudarmos de posição, ficamos de ladinho e ele metia fazendo o movimento de vai e vem rápido.

Diego era todo cuidado comigo na cama, não me pegava com brutalidade por medo de pegar ou bater algo na barriga e não ficava mais por cima de mim porque tinha medo e poderia fazer mal para o bebê. Eu gozei diversas vezes e ele também, o cansaço venceu a gente e não tínhamos forças para nenhum mais outro round.

Deitei em seu peito e ele fez carinho em meus cabelo até dormimos.

Eu ainda estava sem acreditar no dia de hoje.

Que dia incrível.

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