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NÓS novel Chapter 56

Diego.

1 semana depois.

Hoje era o dia do chá de revelação, depois de uma semana em aflição eu finalmente iria saber o sexo do bebê. Lya e Manuela estavam de frente com a decoração, seria no salão do meu prédio e elas estavam preparando tudo para mais tarde.

— Tô nem botando fé que hoje é o dia de descobrir o sexo do fedelho ou fedelha — Alex disse sorridente e eu bufei.

— Mano, cala a boca que é a quarta vez que você fala isso — Victor colocou a cabeça entre os bancos e rolou os olhos.

— Obrigado, Victor — ri.

— Vai catar manga vocês, caralho — deu dedo médio.

— Queria saber da onde você tira essas expressões de pessoas de sessenta anos, Alex — dei a seta — sério, fico curioso.

— Da sua avó — dei o dedo médio e ri — mas sério, vocês acham que é menino ou menina?

— Alex, cala boca — eu e Victor dissemos juntos e o mesmo se calou.

Quando chegamos no salão, estava quase tudo pronto, as meninas tinham mandado ver na decoração. Ajeitamos as bebidas que havíamos comprado no freezer e depois disso ajudamos as meninas no que restavam, que era pouca coisa.

As três da tarde estava tudo pronto, fomos nos arrumar na velocidade da luz porque Manuela havia marcado às quatro com o povo. Tomei um banho rápido, vesti uma bermuda preta, uma blusa de botão branca e vesti meu chinelo da Adidas. Passei perfume, tirei o telefone do carregador e sai fechando a porta do quarto.

Manuela estava colocando o brinco de frente para o espelho, a mesma estava vestida num vestido longo florido, decotado na frente, com uma rasteirinha e com os cabelos solto com cachinhos na ponta. Abracei ela por trás, ela sorriu e pegou seu cordão na mesinha.

— Coloca pra mim — me entregou e eu assenti.

Coloquei o cabelo dela para o lado, o cheiro do seu perfume exalava, era um cheiro doce e ao mesmo tempo não, um cheiro maravilhoso. Fechei o pingente, ajeitei seu cabelo e ela se virou para mim me beijando.

— Você está muito bonito, senhor guerra — brincou e nós rimos.

— Eu sempre fui — pisquei e ela deu um tapa leve no meu braço.

Quando todo mundo ficou pronto, nós descemos, Alex e Manuela atacaram a mesa sem nem esperar o pessoal chegar e se não fosse a Lya para dar uma trava neles, não iria sobrar nem para os convidados.

— Alguém avisa que eu não almocei? — Alex colocou a mão na cintura.

— Bom, eu como por dois — Manuela disse de boca cheia e com um salgadinho na mão.

— Engraçado que você fala isso mas come igual um dragão desde quando não estava prenha — Victor disse abrindo uma latinha de Redbull.

— Bebe esse RedBull e voa, voa pra puta que te pariu — enfiou outra coxinha na boca e Victor colocou a mão no peito.

— Quando eu falo ninguém acredita, essa grávida é agressiva — Alex balançou a cabeça negativamente e nós rimos.

— Não tem nem tamanho — Manuela deu o dedo médio para Lya que mandou um beijo no ar.

Depois de um tempo os amigos de Manuela começaram a chegar, eles nos cumprimentaram e depois ficaram conversando com a Manuela. Aparentemente eles não sabiam que ela estava grávida, provavelmente ela teria escondido deles. Fiquei conversando com os meninos, por um momento senti falta do Gabriel aqui, apesar de tudo eu ainda tinha um carinho grande por ele.

Sabia que no fundo Manuela também sentia o mesmo, era seu irmão, a única pessoa praticamente que ela tinha e teve todos esses anos na ausência do seu pai. Victor e Alex apostaram trezentos reais no sexo do bebê, enquanto Alex achava que era menino, Victor achava que era menina.

— Vocês estão cada vez mais loucos com isso — balancei a cabeça negativamente.

Ficamos conversando e rindo enquanto não chegava a hora da revelação, eu não via a hora de saber logo.

..

— Fura essa porra de balão logo, Manuela — Alex disse já alterado. A bebida estava fazendo um estrago — Alguém me dá um alfinete — se levantou mas Victor o sentou de novo.

— Manuela, você não acha que já enrolou demais não? — Victor bufou.

— Anda com isso, minha filha — uma amiga da mesma, Natália, disse nervosa.

— Vocês estão nervosos demais — riu — primeiro balão — gritou.

— É menino ou menina? — gritamos em uníssono e eu e Manuela furamos o primeiro balão.

Quando estourou os confetes brancos foram caindo lentamente no chão, todos fizeram um "aaah" juntos enquanto Manuela morria de rir.

— Não tem graça, sua anã — seu amigo disse com a testa franzida — quer fazer eu ter um infarto daqui a pouco?

— Ué, o bebê é um pombo? — Alex olhou confuso para os confetes no chão.

— Cala a boquinha, Alex, pelo o amor de Deus — Victor passou a mão na sua cabeça e o mesmo o empurrou.

Havia sobrado dois balões, nem fiquei nervoso quando estouramos o segundo, sabia que tinha pegadinha e dessa vez o confete era amarelo.

— Essa grávida agressiva só pode estar de sacanagem — Alex disse embolado.

— Agora é sério, pessoal — riu e pegou o último balão — É menino ou menina? — gritou.

— É menino ou menina? — gritamos juntos.

Parecia que tinha sido tudo em câmera lenta quando o balão estourou, todo mundo se levantou, eu e Manuela nós abraçamos enquanto o confete azul caia sobre nós.

Eu ia ser pai de um menino!

Todos estavam felizes, eu transbordava alegria e os garotos pulavam e gritavam. As amigas da Manuela vieram abraçar e parabenizar a mesma, um molequinho iria em breve estar entre nós e eu ainda não acreditava nisso.

Eu estava em êxtase com essa notícia, não sabia expressar tamanha minha felicidade.

— Você me deve trezentos reais — apontou para Victor e eu ri.

— Vai me cobrar até a morte agora — bebericou sua cerveja.

— Até a morte não porque antes disso você vai me pagar — piscou.

O resto do chá foi só zoação, ficamos conversando, brincando e até desenho no rosto da Manu fizeram. Tiramos fotos, comemos e lá para dez o pessoal foi embora. Arrumamos tudo, levamos as coisas para meu apartamento e ainda tivemos que trazer Alex mais que bêbado.

O dia tinha sido maravilhoso, eu estava exausto.

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